O DNA origami é uma técnica através da qual uma cadeia longa de DNA simples é montada com a ajuda de cadeias pequenas de DNA numa estrutura desenhada a priori.
Ana Rita Santos, investigadora no Instituto de Bioengenharia e Biociências (IBB) do Instituto Superior Técnico (IST), está a estudar o uso de DNA Origami no desenvolvimento de novas terapias para o cancro.
O objetivo deste estudo passa por desenvolver um processo de manufatura escalável que permita administrar estruturas de DNA Origami para efeitos terapêuticos.
Em particular, estas estruturas estão a ser funcionalizadas com um fármaco usado em quimioterapia, e com um péptido capaz de identificar o órgão alvo, que neste caso é a próstata. Está também a ser usado um agente de radioterapia que irá permitir fazer a entrega deste fármaco de forma mediada por imagem.
A ideia é que este agente permita ver a estrutura de DNA Origami a atingir o órgão usando técnicas de imagiologia médica.
Neste trabalho, está a ser estudado um modelo in vitro de cancro da próstata, o segundo cancro mais prevalente em homens, que apresenta uma subforma que atualmente é incurável.
“Ao utilizarmos esta tecnologia de DNA origami nós esperamos que ela tenha uma grande biocompatibilidade e que seja bastante específica para um determinado órgão, aumentando assim a probabilidade de sucesso de uma eventual cura”, revela.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | IBB
