Estão a ser desenhadas almofadas para absorver o exsudato da carne em embalagens de supermercado.
Irene Gouvinhas, investigadora no CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), participa no STEMPACK, um projeto que visa desenvolver embalagens sustentáveis a partir do engaço de uva.
Hoje em dia, os consumidores e as empresas estão cada vez mais conscientes da necessidade de reduzir o uso do plástico nas embalagens alimentares.
O STEMPACK surge assim como uma tentativa de encontrar soluções mais sustentáveis e de, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade dos alimentos, e prolongar o seu prazo de validade.
“Este projeto está alinhado com a investigação que tenho desenvolvido ao longo destes últimos anos, que consiste na valorização dos subprodutos da indústria agroalimentar e tem como objetivo desenvolver embalagens sustentáveis à base de subprodutos desta indústria”, conta.
Em particular, Irene Gouvinhas está a estudar o uso do engaço de uva, um subproduto da indústria vitivinícola, com o intuito de valorizar as suas componentes celulósicas e bioativas para desenvolver embalagens sustentáveis, mas que têm também uma componente funcional.
Neste caso, estamos a falar de almofadas absorventes como as que podemos encontrar nas embalagens de carne fresca dos supermercados, e que permitem absorver o exsudato da carne.
A ideia deste projeto passa assim por desenvolver uma almofada que permita não só conservar a carne, mas também prolongar o seu tempo de vida útil, graças à atividade antioxidante e antimicrobiana dos compostos bioativos presentes no engaço.
O STEMPACK – Grape Stems: A Novel Resource for Sustainable Active Food Packaging é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CITAB
