
Esta iniciativa pretende modernizar o processo de registo civil na Guiné-Bissau, e digitalizar os arquivos em papel.
Joaquim Sousa Pinto, docente do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro (UA) e investigador no IEETA – Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro, está a apoiar o processo de digitalização do registo civil na Guiné-Bissau.
Esta iniciativa surgiu na sequência de um projeto anterior em São Tomé e Príncipe que teve como objetivo fazer o registo informatizado dos cidadãos desse país.
Do ponto de vista de software, o sistema já se encontra implementado desde janeiro de 2025, no entanto está atualmente a decorrer a digitalização dos livros de registo civil desde a época colonial até aos dias de hoje.
Neste momento, prevê-se que a Guiné-Bissau tenha entre 12 a 15 mil livros, sendo que entre 8 a 10 mil já estão digitalizados.
O problema, contudo, não é a digitalização, mas sim a catalogação da informação contida nestes livros. Tratam-se de dados manuscritos onde nem sempre é fácil transcrever, ou até mesmo perceber o que lá está escrito.
Prevê-se que haja cerca de 2 milhões e meio de imagens para digitalizar, sendo que cerca de 1 milhão e meio já estão digitalizadas.
No entanto, apenas 300 mil já foram catalogadas. Ou seja, apenas 10% do trabalho está concluído.
“Este processo é muito mais moroso e segundo as minhas contas, poderá demorar entre cinco a sete anos”, revela.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UA | IEETA
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