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Ep. 370 Maria Helena Fernandes – Grupo de investigação desenvolve materiais capazes de substituir tecidos orgânicos, com aplicação na medicina degenerativa

April 24, 2018

ep370_interiorCom a ambição de um dia desenvolver um órgão completo, este grupo de investigação na engenharia de tecidos está a desenvolver materiais temporários que servem de suporte à regeneração de tecidos orgânicos, com aplicação no tratamento de fraturas ósseas, membranas periodontais e enxertos vasculares.​


Maria Helena Fernandes, docente no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro (UA) e investigadora no Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO), desenvolve materiais para a engenharia de tecidos com aplicação em medicina regenerativa.

“No fundo o que nós fazemos é desenvolver materiais que são capazes de funcionar como suportes ou arquiteturas temporárias os chamados scaffolds (andaimes em português) e que podem ser semeados com células de natureza diversa. Esses materiais têm a capacidade de se degradar à medida que essas células crescem e proliferam. Desta forma, no final o material desapareceu e no seu lugar temos um novo tecido, ou, eventualmente até mesmo uma estrutura mais complexa como um órgão”, explica

O grupo de Maria Helena Fernandes tem actualmente a decorrer uma série de projetos que incluem o desenvolvimento de materiais mais duros para engenharia do tecido ósseo que podem ser aplicados na recuperação e tratamento de fracturas ósseas, assim como materiais mais flexíveis com aplicações diversas.

“Estamos a produzir recentemente materiais mais flexíveis como por exemplo membranas periodontais, materiais para enxertos vasculares ou para próteses do esófago, todos eles na forma de compósitos e através de técnicas variadas que permitem exactamente produzir estas membranas de forma a poder mimetizar uma estrutura da matriz extracelular e que depois consigam suportar as células”, acrescenta.

Estes materiais funcionam como os andaimes de um prédio em construção, permitindo que os tecidos no seu interior recuperem de forma estruturada, com a vantagem de que, terminado o processo terapêutico, estes “andaimes” são assimilados e biodegradados pelo organismo, sem qualquer efeito secundário para o hospedeiro.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CICECO | UA

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