Esta tecnologia encontra-se atualmente a ser testada na linha 9 da fábrica SECIL-Outão em Setúbal.
Margarida Mateus, supervisora de I&D da Clean Cement Line (CCL) do Grupo SECIL e membro do CERENA – Centro de Recursos Naturais e Ambiente no Instituto Superior Técnico (IST), está a desenvolver o projeto CCL com o objetivo de reduzir as emissões de CO2 na cadeia de produção de cimento da SECIL-Outão.
“O CCL é um agregador de tecnologias inovadoras que vão levar a uma nova linha de cimento na linha 9 da SECIL-Otão e que irá proporcionar emissões de CO2 inferiores às que são hoje emitidas através da queima de combustíveis fósseis no processo de produção de cimento”, conta.
Financiado pelo programa Portugal 2020, o CCL engloba quatro subprojectos, o Zero Fossil Fuels, o Low Carbon Clinker, o Boost Combustion, e o Sun to Dry.
Como o nome indica o Zero Fossil Fuels tem como objetivo reduzir o uso de combustíveis fósseis na linha de produção de cimento.
O Low Carbon Clinker tem como foco a formação de novos produtos com baixa pegada carbónica, enquanto o Boost Combustion visa a inserção de células de eletrólise que vão proporcionar a inserção de hidrogénio no queimador de linha 9 para que a chama seja mais estável e que permita complementar o objetivo de reduzir o uso de combustíveis fósseis.
Por fim, o Sun to Dry está a implementar um equipamento capaz de recuperar o calor térmico precedente do processo de produção, que vai estar acoplado a um campo solar de concentração solar térmica com o objetivo de produzir cerca de 30% da eletricidade que é necessária para o processo que hoje em dia é realizado para a clinquerização.
A clinquerização é um processo de obtenção de silicato tricálcico através da queima em alta temperatura de calcário e argila, um passo essencial na produção de cimento.
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