Este estudo está a olhar para a forma como a medicina e a ciência do século XVIII olhava para o hermafroditismo e para deformidades físicas que surgiam à nascença.
Palmira Fontes da Costa, investigadora do Centro Interuniversitário da História da Ciência e Tecnologia (CIUHCT) e professora na Universidade Nova de Lisboa (UNL), coordenou com Adelino Cardoso a exposição “A Espantosa Variedade do Mundo”, que pode ser visitada no Padrão dos Descobrimentos.
“A temática que tenho trabalhado já há cerca de 17 anos é a questão do monstruoso, mais particularmente do corpo monstruoso no século XVIII e esses estudos repercutiram-se agora em alguns artigos. Artigos por exemplo sobre o papel dos hermafroditas no século XVIII, como é que eles forem percepcionados pela comunidade médica, como é que alguns médicos tentaram erradicar a diferença sexual de modo a manter uma certa ordem na sociedade, porque aqui as implicações do conhecimento médico são bastante importantes e relevantes, nomeadamente o conhecimento anatómico, é muito relevante para a ordem social da época”, explica.
Palmira Fontes da Costa foi a curadora de uma exposição sobre seres extraordinários, intitulada “A Espantosa Variedade do Mundo” que está no Padrão dos Descobrimentos e que através de imagens diversas apresenta vários significados da monstruosidade, desde a idade média até à actualidade.
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