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Ep. 419 Alexandra Aragão – Rede Just Side estuda 14 casos de injustiça territorial em oito países

July 02, 2018

ep419_interior-01-01Esta rede tem como objetivo identificar casos de injustiça territorial e fornecer ferramentas aos decisores políticos para mitigar o problema destas injustiças.​


Alexandra Aragão, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) e investigadora no Instituto Jurídico (IJ) da mesma faculdade, faz parte da rede ‘Just Side’ – Justiça e Sustentabilidade no Território através de Sistemas de Infraestruturas de Dados Espaciais, que vai analisar 14 casos de estudo em oito países.

Esta rede envolve 40 investigadores de oito países ibero-americanos que, em conjunto com entidades académicas, universidades, e empresas, têm como objetivo desenvolver uma metodologia que permita identificar injustiças territoriais e desenvolver ferramentas para apoiar as decisões de quem tem que as tomar em matéria de políticas públicas.

Um destes casos de estudo é a proposta barragem de Fridão, em Amarante.

“Vamos desenvolver 14 casos de estudo durante os primeiros quatro anos de funcionamento da rede, no caso de Portugal será a futura barragem de Fridão, se vier a ser construída. Aquilo que pretendemos desde já com o nosso objetivo de apoiar as decisões é ver se do ponto de vista económico e social a população residente no entorno que será da futura barragem é ou não uma população vulnerável”, explica.

As ferramentas desenvolvidas pela rede Just Side vão permitir identificar o nível de vulnerabilidade das populações residentes, assim como problemas de impacto ambiental que possam surgir no âmbito da construção desta barragem.

“Queremos testar a eficácia desta ferramenta para apoiar quem tem que tomar estas decisões em matéria de políticas públicas, neste caso política energética”, salienta.

Alexandra Aragão fala também de outro caso de estudo, desta vez no Chile, que vai incidir sobre o impacto do ponto de vista também da justiça territorial da restituição de terras aos povos autóctones na Ilha da Páscoa, os Rapa Nui.

“Esta é uma ferramenta bastante flexível que nos permite olhar para situações diferentes e mostrá-las através de uma cartografia avançada, uma cartografia de justiças e injustiças territoriais”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | FDUC | IJ

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