A evolução da literatura infantil e juvenil tem revelado novos modelos narrativos que desafiam a definição tradicional do que é um livro e de como é contada uma história.
Sara Reis da Silva, docente do Instituto de Educação da Universidade do Minho (UM), investigadora do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) e membro integrado da rede LIJMI – Rede Temática de Investigação As Literaturas Infantis e Juvenis do Marco Ibérico e Iberoamericano, está a estudar os novos paradigmas da literatura infanto-juvenil.
De narrativas visuais, a livros de conceitos, de livros brinquedo feitos de esponja ou com forma de um peluche, a pequenos contos, a literatura infanto-juvenil é um espaço rico que explora de maneira criativa novos formatos para o livro tradicional.
“Na atualidade aquilo a que assistimos é a uma desformalização do objeto livro e portanto há uma construção tanto textual, como visual, e como gráfica mais livre do livro. Essa liberdade nota-se não apenas no recurso a um discurso verbal que é um discurso verbal que eu acho que tem em conta o potencial recetor e que vai sendo um discurso verbal que vai desde aquilo que é os livros de conceitos, a pequenas narrativas, a narrativas muito condensadas, muito breves, que já permitem à criança contactar com aquilo que é uma história, com as suas personagens, o seu espaço, o tempo e etc., e esta liberdade esta inovação também tem efeitos do ponto de vista do processo de leitura”, conta.
Para Sara Reis da Silva, estes livros apresentam uma aproximação ao livro, uma aproximação física que permite um manuseio livre e um contacto sensorial direto com as páginas da história.
“Esta é uma aproximação que permite ler não apenas de cima para baixo e da direita para a esquerda mas que permite ler apenas imagens por exemplo, ou permite ler só uma imagem, uma palavra que se relacionam, bom, há uma variedade enorme de tipos de construções de livros”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | UM | Wook
Foto de Nuno Gonçalves
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