Os Coletes Amarelos em França, a greve dos enfermeiros, ou uma celebração de adeptos de futebol. Este projeto está a desenvolver um sistema de vigilância multilingue capaz de detetar multidões emergentes através da análise de textos e imagens publicadas em redes sociais.
Sebastião Pais, professor auxiliar convidado da Universidade da Beira Interior (UBI) e investigador do Centro de Investigação em Tecnologias e Linguagem Humana (HULTIG), está a desenvolver o projeto MOVES: Monitorização de Multidões em Cidades Inteligentes.
Este projeto propõe desenvolver um sistema de vigilância multilingue capaz de detetar multidões emergentes identificando eventos crescentes que promovem alta concentração, alta energia, e alta emoção, nas redes sociais.
“A nossa fundamental hipótese do projeto é que as multidões virtuais evidenciam características semelhantes às multidões reais. A partir da análise de redes sociais consigo de uma forma preditiva prever, por exemplo, onde é que um determinado aglomerado de pessoas se vai concentrar”, revela.
O foco do projeto MOVES passa então por prever onde as multidões se vão concentrar de forma a auxiliar as autoridades responsáveis na mobilização dos meios de segurança necessários para cada evento.
“Tudo isto é feito a partir da análise das redes sociais. Recorrendo a um processamento de texto e a um processamento de imagem nós vamos estudar o que existe nas redes sociais e assim prever o que pode acontecer”, explica.
O projeto MOVES é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), através de fundos do COMPETE 2020.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UBI