Este estudo está a analisar sedimentos do fundo oceânico dos últimos milhão e meio de anos com o objetivo de desenvolver modelos capazes de prever o impacto das alterações climáticas.
Teresa Rodrigues, bolseira de pós-doutoramento no grupo de Paleo-oceonografia e Paleoclima da Divisão de Geologia Marinha do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve (UAlg), está a desenvolver o projeto Warm Worlds com o intuito de obter informação sobre os mecanismos e as condições de circulação e de temperatura dos oceanos.
O projeto Warm Worlds vai recolher sedimentos do fundo oceânico para estudar os períodos quentes dos últimos 1,5 milhões de anos.
“Este projeto irá focar-se essencialmente em duas regiões chave. Uma delas é o Mar de Labrador perto da Gronelândia pelo seu forte impacto em termos do degelo das grandes massas polares tanto da Gronelândia como da América do norte, e pelo impacto que estas massas de gelo e a descarga das águas resultantes do degelo vão ter na circulação do Atlântico Norte. Outra região estratégica é a margem ibérica porque permite num só registo estudar a interação entre as altas e as médias latitudes”, explica.
Segundo Teresa Rodrigues, o projeto Warm Worlds vai ter como principais etapas e tarefas a reconstrução das temperaturas tanto do Mar de Labrador como da margem ibérica.
“É intenção criar uma relação e fazer uma ligação entre os resultados obtidos e o impacto da circulação dos dois registos, para podermos ter uma variação das ligações de circulação de clima tanto nas altas como nas médias latitudes”, acrescenta.
Os resultados deste projeto vão permitir desenvolver um modelo preditivo do impacto das alterações climáticas na atualidade, com base no conhecimento dos períodos quentes do passado geológico.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | IPMA