Este grupo de investigação está a usar técnicas de evolução dirigida para desenvolver biocatalisadores que possam ser usados na produção de baunilha através do reaproveitamento de resíduos de biomassa vegetal.
Lígia Martins, investigadora no ITQB NOVA, tem como foco o estudo de enzimas, biocatalisadores biológicos, que permitem a realização de reações em condições ambientais moderadas e que são sustentáveis do ponto de vista biológico.
O laboratório de Lígia Martins recorre a uma técnica de melhoramento de enzimas que se designa por evolução dirigida.
Esta técnica baseia-se nos princípios gerais de evolução na natureza e tem dois principais propósitos: gerar diversidade e selecionar dentro dessa diversidade a enzima que tem as propriedades desejadas.
“Introduzimos mutações no DNA das enzimas de interesse e depois vamos encontrar as enzimas que têm as propriedades adequadas para o objetivo que pretendemos alcançar”, explica.
Lígia Martins está a trabalhar num projeto europeu cujo objetivo passo por desenvolver enzimas capazes de produzir baunilha através do reaproveitamento de resíduos de biomassa vegetal.
“Vamos iniciar agora um projeto europeu em que pretendemos melhorar enzimas de forma a elas serem mais rápidas e mais estáveis e que possam ser utilizadas de uma forma economicamente viável para a produção de baunilha, a partir de biomassa vegetal”, conta.
A ideia passa por recolher lignina, uma molécula presente em tecidos vegetais, e usar enzimas para converter essa biomassa em baunilha através de um processo biológico e sustentável.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ITQB NOVA
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