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Ep. 653 Mariana Vieira – Investigação desenvolve método de diagnóstico low-cost para dengue e zica

June 26, 2019

ep653_interiorEste estudo está a desenvolver um método de diagnóstico de baixo custo para a deteção de doenças infeciosas como a dengue e a zica em países em desenvolvimento.​


Mariana Vieira, investigadora do Centro de Química da Madeira (CQM) na Universidade da Madeira (UMa), está a recorrer à tecnologia de fagos, vírus que infetam bactérias, para desenvolver este kit de diagnóstico.

A complexidade das técnicas de diagnóstico atuais para estas duas doenças serviram de motivação para o desenvolvimento desta técnica.

“Estou focada nestas duas doenças porque estas doenças infeciosas são doenças com um grande impacto mundial atualmente. São doenças emergentes e são doenças cujas técnicas de diagnóstico atuais são muito complexas e são técnicas que necessitam de laboratórios com material especializado”, conta.

Como estas doenças são prevalentes em países subdesenvolvidos é necessário encontrar uma alternativa de baixo custo para realizar o diagnóstico no terreno, num curto espaço de tempo, e sem recurso a um laboratório.

“A ideia é desenvolver um kit de diagnóstico que seja de resposta rápida que seja menos dispendioso e que possa ser usado em tempo real, em qualquer lugar, e que possa ser usado mesmo nesses países subdesenvolvidos em qualquer pessoa e em qualquer circunstância”, acrescenta.

Para desenvolver esta nova ferramenta de diagnóstico Mariana Vieira está a utilizar a tecnologia de fagos. Os fagos são vírus que infetam bactérias e que são específicos a uma bactéria em particular. Estes fagos produzem proteínas que podem ser usadas num kit de diagnóstico para detetar uma doença em específico.

Mariana Vieira está a recorrer a uma biblioteca de fagos para identificar aqueles que melhor atuam na presença das bactérias responsáveis pela dengue.

Aqueles que forem capazes de identificar os anticorpos específicos da doença podem ser usados para detetar a presença desses mesmos anticorpos no sangue de um paciente.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate

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