Este grupo de investigação está a estudar aplicações na área da biomédica para subprodutos de origem marinha como peles e espinhas de peixe.
Tiago Silva, investigador do grupo I3Bs – Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho (UM), participa no projeto BlueHuman com o intuito de transformar materiais e resíduos da pesca e aplicá-los em diferentes áreas de negócio.
Através de subprodutos de origem marinha como as peles e as espinhas de peixe é possível extrair compostos como colagénios ou polissacarídeos que são componentes possíveis de encontrar na matriz extracelular do nosso corpo, a estrutura de suporte das próprias células.
Por esse motivo, estes compostos podem ser usados para desenvolver biomateriais com aplicação em estratégias de medicina regenerativa.
Uma das aplicações que está a ser estudada no âmbito do projeto BlueHuman é o uso destes materiais no tratamento de lesões ou fraturas que levem à perda de tecido ósseo.
Atualmente, o tratamento destas lesões passa por usar materiais externos ao paciente para reparar a zona afetada.
Com esta tecnologia será possível desenvolver uma nova geração de próteses através do recurso a material biológico de origem marinha para substituir as técnicas habituais de tratamento de lesões e fraturas ósseas.
A ideia passa por cultivar células do próprio paciente e usar estruturas tridimensionais obtidas através de subprodutos da pesca para o tratamento destas lesões. Desta forma será possível reduzir a taxa de rejeição das próteses e garantir um tratamento mais eficaz com recurso a tecido do próprio paciente.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | 3B's