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Ep. 668 Hugo Silva – SmartHeart: Desenvolvido estetoscópio capaz de realizar eletrocardiografias

July 17, 2019

ep668_interiorUm estetoscópio convencional apenas permite monitorizar a componente mecânica e acústica do coração. Este protótipo contém componentes que permitem analisar ainda a atividade elétrica cardíaca, similar à informação obtida através de um eletrocardiograma.​


Hugo Silva, investigador no Instituto de Telecomunicações (IT) e docente na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), desenvolveu este estetoscópio através do projeto SmartHeart.

“O SmartHeart é um projeto interno do IT que teve como objetivo desenvolver um estetoscópio que conseguisse combinar fonocardiografia com eletrocardiografia. Este estetoscópio tem também uma componente de partilha de dados num formato baseado na cloud de forma a permitir que vários profissionais de saúde possam aceder aos dados e analisá-los”, conta.

Enquanto os estetoscópios convencionais apenas permitem fazer a monitorização da componente mecânica e acústica do coração (fonocardiografia), a eletrocardiografia permite analisar a atividade elétrica cardíaca. Ambas são muitas vezes analisadas separadamente, e a informação obtida pela fonocardiografia nem sempre é suficiente para revelar a necessidade de analisar a atividade elétrica.

Este projeto procurou integrar ambas as funcionalidades no formato do estetoscópio convencional sem alterar a interação que o profissional de saúde tem com o dispositivo.

“Queremos que esta tecnologia seja usada como uma extensão do processo de auscultação para que o médico consiga ter a componente acústica e a componente elétrica em simultâneo”, afirma.

As principais vantagens deste estetoscópio passam por permitir ao profissional de saúde ter mais informação num primeiro momento de avaliação do paciente. Assim será possível detetar de forma antecipada potenciais doenças cardíacas que não seriam detetadas com recurso a uma auscultação tradicional.

“A eletrocardiografia é um exame que tipicamente apenas é realizado quando já existem alguns sinais de que alguma coisa poderá não estar bem. Por esta via passará a ser realizado como uma extensão do processo rotineiro da prática clínica convencional, o que permite ao médico detetar uma potencial doença cardíaca de forma antecipada”, conclui.

Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | IT

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