Este grupo de investigação trabalha com dendrímeros, uma classe de moléculas com propriedades de solubilidade interessantes para aplicação na entrega e na libertação controlada de fármacos.
João Rodrigues, investigador do Centro de Química da Madeira (CQM) na Universidade da Madeira (UMa), estuda a possibilidade de usar estas moléculas no desenvolvimento de fármacos anticancerígenos.
Os dendrímeros são uma classe de polímeros cuja forma se assemelha à de um bordado com um corpo central que depois vai crescendo em sucessivas gerações.
Cada uma dessas gerações tem propriedades químicas e físicas muito próprias. A solubilidade é uma das propriedades que varia consoante a geração e que pode ser usada para aplicações biomédicas.
“Uma das grandes limitações à administração de fármacos muitas vezes está relacionada com a solubilidade. Estes materiais permitem transportar para dentro da célula fármacos que apresentam solubilidade baixa, podendo também transportá-los e libertá-los de uma forma mais controlada. Isto é, podemos acumulá-los nos tecidos cancerígenos garantindo menores efeitos secundários na utilização deste tipo de fármacos”, revela.
Atualmente, uma das limitações no uso de fármacos anticancerígenos são os efeitos secundários associados à quantidade que é administrada ao doente.
Como este sistema permite limitar a solubilidade do fármaco, será possível transportá-lo diretamente até à célula alvo sem ser necessário aumentar a sua concentração. Desta forma será possível aliviar o impacto dos efeitos secundários no paciente.
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