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Ep. 673 António Neves – Grupo de investigação desenvolve conceito para detetar imagens maliciosas online

July 24, 2019

ep673_interiorEsta equipa desenvolveu um conceito de ferramenta para analisar a autenticidade de uma imagem publicada nas redes sociais. O objetivo é que esta ferramenta seja usada para combater a partilha de informação maliciosa online.​


António Neves, docente e investigador do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro (UA), é membro da equipa que participou e venceu o concurso do Strategic Communications Centre of Excellence (NATO stratcom) da NATO. Este concurso teve como principal desafio a criação de um sistema capaz de combater mensagens extremistas na internet.

“A Universidade de Aveiro foi convidada em Junho de 2018 para participar num evento organizado pela NATO stratcom, um dos gabinetes de investigação da NATO, cujo objetivo era o desenvolvimento de tecnologia ou, por outras palavras, a apresentação de ideias de modo a desenvolver tecnologia que pudesse efetivamente detetar se uma mensagem que circula nas redes sociais é ou não real e, sendo real, se esta contém ou não informação maliciosa”, conta.

O conceito desenvolvido pela equipa da Universidade de Aveiro teve como base três pontos principais: a autenticidade da imagem, a análise da informação nela contida e a análise do texto que a acompanha.

Primeiro será verificado se a imagem publicada foi alterada, ou se é ou não real. Depois, é retirada informação da imagem, caracterizando-a em texto. Este texto contém informação sobre o que é visível na imagem partilhada assim como eventuais metadados que a possam acompanhar como a localização, a hora e o dia em que esta foi criada.

Por fim, será também analisado o texto que acompanha a imagem.

Esta informação será depois combinada com o objetivo de identificar o nível de segurança da publicação.

“Tendo fonte de informação sobre se a imagem é ou não real, o conteúdo da mesma e o texto que dá suporte à imagem, trabalhámos depois num classificador, ou seja, trabalhámos modelos que combinando essas três fontes de informação tentavam inferir se a imagem continha ou não informação maliciosa”, reforça.

Para agilizar o processo de deteção de informação maliciosa teria que ser desenvolvida uma tecnologia de aprendizagem automática que, através da análise de imagens e textos pré-definidos, seria capaz de detetar padrões maliciosos em publicações futuras.

“Foi esta ideia de analisar o conteúdo da mensagem por várias formas mais a tecnologia que nós dissemos que seria possível fazer na parte da aprendizagem que levou a NATO a acreditar que esta poderia ser uma solução interessante”, revela.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Google Scholar | Researchgate | UA

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