Este sistema permite fornecer dados em tempo real ao clínico, assim como analisar as expressões faciais e as emoções do paciente.
João Sanches, coordenador do curso de Engenharia Biomédica do Instituto Superior Técnico (IST) e membro da direcção do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), está a desenvolver uma plataforma de realidade aumentada e de análise de dados para melhorar a interação entre médico e paciente em consultas de saúde mental.
Este projeto está a abordar o problema da saúde mental, mais concretamente da depressão, em doentes psiquiátricos com condições agudas de depressão em três principais vertentes, em ambulatório, em consulta, e em teleconsulta.
Em ambulatório será dada ao doente a possibilidade de adquirir ou de coletar informação de relevância clínica que o médico pode remotamente observar.
Está a ser desenvolvido um conjunto de tecnologias que permite, em sede de consulta presencial, fornecer ao médico dados objetivos de natureza psicomotora associada principalmente à lentificação motora e cognitiva. A lentificação, como o nome indica, corresponde a movimentos mais lentos ou a uma demora na capacidade de raciocínio do paciente.
Está também a ser desenvolvido um conjunto de procedimentos e de ferramentas informáticas que permitem, em sede de teleconsulta, que o médico tenha um ambiente de realidade aumentada que lhe fornece um conjunto de métricas obtidas em tempo real a partir da análise da imagem e do som ambiente da teleconferência.
“Este é um sistema que olha holisticamente para o doente em ambulatório, em consulta, e em teleconsulta, e que, esperemos, seja um espelho da tecnologia que será usada no futuro para melhorar o tratamento de pacientes com depressão”, remata.
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