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Ep. 676 Tiago Fernandes – Investigação usa células estaminais para desenvolver tecidos de órgãos humanos

July 29, 2019

ep676_interiorEsta investigação está a usar células estaminais pluripotentes para desenvolver tecidos de órgãos humanos. A ideia é usar estes tecidos para conhecer melhor os processos de desenvolvimento de certas doenças.​


Tiago Fernandes, investigador do Instituto de Bioengenharia e Biociências (IBB) no Instituto Superior Técnico (IST), está a desenvolver um projeto em parceria com o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM) com o objetivo de estudar o desenvolvimento da doença de Rhett.

As células estaminais pluripotentes são células que têm a capacidade de dar origem a todas os tecidos do nosso corpo.

Na sua investigação, Tiago Fernandes tenta perceber que mecanismos e sinais podem ser usados para direcionar estas células para os vários tecidos de interesse de forma a criar modelos in vitro com propriedades e características que imitem aquilo que acontece no sistema nervoso central do ser humano.

Estes modelos podem depois ser usados para determinar o impacto que certas doenças podem ter no sistema nervoso central.

“Um exemplo em concreto que nós estamos a estudar em colaboração com um grupo do IMM é a doença de Rhett. A doença de Rhett é uma doença do sistema nervoso central, mais concretamente do córtex cerebral, que dá origem a sintomas do espetro do autismo”, revela.

Esta doença é provocada por mutações específicas numa proteína que já foi identificada pela comunidade científica. Esta equipa pretende usar células estaminais pluripotentes para comparar o efeito que esta proteína tem em tecidos saudáveis e em tecidos com mutações que levam ao desenvolvimento da doença de Rhett.

“Quando geramos o tecido do córtex cerebral in vitro, aquilo que tentamos fazer é comparar o que acontece com tecidos e células saudáveis, com células que têm as mutações que vão dar origem ao síndrome de Rhett. Queremos tentar perceber molecularmente e fenotipicamente que diferenças têm e tirar algumas pistas sobre quais são os mecanismos que levam ao aparecimento daquela doença”, acrescenta.

Tiago Fernandes espera com esta investigação identificar os mecanismos que levam à origem da doença de Rhett.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | IST

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