Este projeto está a desenvolver nanopartículas capazes de atravessar a barreira hematoencefálica do cérebro. Estas partículas funcionam como veículos de transporte de fármacos para o tratamento de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer.
Maria do Carmo Pereira, docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e investigadora do Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE), tem-se dedicado nos últimos anos ao desenvolvimento de sistemas de libertação controlada de fármacos para o tratamento de doenças neurodegenerativas, mais especificamente a doença de Alzheimer.
“Há muitos fármacos que estão a ser testados para a doença de Alzheimer mas acabam por falhar por não serem capazes de atravessar a barreira hematoencefálica. Os veículos que nós produzimos acabam por colmatar esta dificuldade permitindo que o fármaco consiga entrar no cérebro”, revela.
Estes veículos, constituídos por nanopartículas poliméricas, transportam os fármacos no interior de nanopartículas. Estas nanopartículas têm anticorpos na sua superfície que permitem a passagem do veículo para o interior da barreira hematoencefálica.
“Os resultados claramente mostraram que as nanopartículas funcionalizadas com anticorpos conseguem passar mais eficazmente a barreira”, salienta.
Saiba mais sobre a investigadora em: ORCID | FEUP | LEPABE