Esta investigação está a estudar a possibilidade de usar alforrecas para desenvolver rações para peixes em aquacultura. O objetivo é encontrar uma aplicação prática para responder à crescente gelificação dos oceanos.
Carlos Andrade, biólogo e investigador do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental e membro do Observatório Oceânico da Madeira (OOM), está a desenvolver um projeto europeu que tem como foco avaliar as pescarias de alforrecas na Europa.
Está a ser realizado um levantamento da pesca de alforrecas no Mar do Norte, no Mediterrâneo Oriental e no Atlântico. Esta avaliação vai permitir recolher dados sobre a biologia e a ecologia das espécies pescadas.
A informação recolhida por este projeto vai ser usada para melhorar as técnicas de pesca destas espécies e para identificar as condições ideias para a cultura das mesmas.
Este projeto está a estudar três espécies de alforrecas que são consideradas pragas em algumas regiões europeias.
“Estamos a realizar trabalhos de domínio destas espécies em cultura em muito pequena escala. A nossa missão aqui é tentar introduzir estas alforrecas nas rações para animais em aquacultura, diminuindo a pressão sobre os stocks de peixe que normalmente são utilizados como matéria-prima para o fabrico de rações”, revela.
Para além de reduzir a pressão sobre as espécies de peixe usadas para o desenvolvimento destas rações, esta investigação pretende desenvolver fórmulas com compostos ativos que favoreçam o crescimento dos peixes em aquacultura.
“Estamos a tentar entender se poderemos obter algo mais das rações, não só os ingredientes que são típicos destas rações, mas também alguns compostos activos que possam estar presentes nas alforrecas que favoreçam o crescimento dos peixes, e que possam ser produzidos em rações que incluem farinha de alforreca”, conclui.
Saiba mais sobre o investigador em: OOM
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