ciências do mar,
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Ep. 951 Vanda Brotas – Investigação usa o fitoplâncton para avaliar impacto das alterações ambientais nos ecossistemas marinhos

November 02, 2020

ep951_interiorEste estudo usa técnicas de avaliação por amostragem e por deteção remota das comunidades de fitoplâncton com o intuito de avaliar o impacto das alterações ambientais nestes seres vivos e nos seus ecossistemas.​


Vanda Brotas, professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, dedica a sua investigação ao estudo do fitoplâncton e do seu papel nas cadeias tróficas dos ecossistemas marinhos.

O fitoplâncton é uma comunidade de espécies microscópicas unicelulares que vive na coluna de água. É a base da cadeia trófica marinha e, através da fotossíntese, o fitoplâncton é responsável pela produção de mais de 50% do oxigénio que respiramos.

O fitoplâncton é uma comunidade que responde rapidamente a alterações do ambiente, o que faz dela uma boa comunidade sinal para detetar de forma precoce eventuais alterações que podem estar a afetar a cadeia trófica num determinado local.

Este grupo de investigação dedica-se ao estudo in situ do fitoplâncton com o intuito de avaliar a comunidade destes microrganismos num determinado local, comparando as amostras recolhidas com dados de deteção remota por satélite.

Os dados de deteção remota fornecem informação sobre a cor do oceano, o que permite identificar o pigmento de clorofila prevalente numa dada comunidade de fitoplâncton.

Atualmente existe uma rede de satélites que todos os dias monitoriza os oceanos a nível global. Enquanto alguns satélites apresentam uma resolução espacial de quatro quilómetros, alguns dos mais recentes já apresentam resolução de apenas 300 metros. Isto significa que o pixel de uma imagem recolhida por este satélite representa uma área de 300 por 300 metros.

A conjugação desta informação com os dados recolhidos no local permitem validar as observações realizadas pelo satélite.

Desta forma é possível melhor compreender o que está a acontecer a uma determinada comunidade de fitoplâncton.

Estes dados permitem detetar de forma precoce alterações nestas comunidades, podendo também ser usados para desenvolver modelos preditivos do impacto das alterações ambientais nos ecossistemas marinhos.

Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | Goolge Scholar | FCUL | MARE

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