Este projeto está a desenvolver algoritmos para a deteção de lixo marinho com recurso a drones nas praias e em alto mar.
João Monteiro, investigador do polo da Madeira do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, está a criar protocolos otimizados e eficientes para a monitorização e deteção de lixo marinho no âmbito do projeto Clean Atlantic.
Ao fim de um ano e meio de desenvolvimento, o Clean Atlantic tem como foco a deteção de zonas de acumulação de lixo marinho através da utilização de drones.
Os dados recolhidos vão permitir fazer um ranking de zonas geográficas mais abrangentes e classificar se uma determinada zona de costa ou de praia tem uma maior acumulação de lixo num sector do que noutro.
“Esse é um dos nossos objetivos, o outro objetivo passa por fazer protocolos a partir de terra, ou a partir de embarcações, para melhor detetar lixo marinho flutuante”, refere.
Os protocolos atuais para deteção de lixo marinho flutuante são feitos com base em observadores a bordo de embarcações. Este método é pouco fiável pois os observadores têm uma perspetiva e uma visibilidade reduzidas sob a superfície do mar.
A utilização de drones vai permitir visualizar uma perspetiva paralela à da superfície da água, mantendo sempre uma distância constante entre a câmara e a superfície do mar. Desta forma será possível estandardizar os modelos de análise usados para identificar e contabilizar o lixo marinho observado.
“Vamos utilizar estas imagens com protocolos de inteligência artificial para a deteção de objetos e para a sua classificação”, revela.
O Clean Atlantic é um projeto financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional no âmbito do programa INTERREG Atlântico.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | MARE