Este projeto quer dar a conhecer a evolução e o declínio da História da Imprensa Satírica em Portugal.
Paulo Jorge Fernandes, professor auxiliar do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) e investigador do Instituto de História Contemporânea (IHC), está a compilar num livro a evolução da imprensa satírica e da caricatura em Portugal desde o seu surgimento em 1847, até à atualidade.
“Entre os vários projetos que estou a desenvolver estou a tentar escrever uma História da imprensa satírica em Portugal começando justamente em 1847 a partir do momento em que surge a primeira publicação regular, sistemática, e periódica que usa a caricatura como forma de comunicação política até desembocar já no período democrático no final do século XX”, conta.
Um ponto que Paulo Jorge Fernandes procura abordar neste livro é o motivo por detrás do declínio da imprensa satírica a partir de 1974.
“Este livro vai procurar compreender como um regime que conquista a liberdade de expressão de uma forma definitiva a partir de 1974, assiste a um decair desta mesma imprensa satírica ao ponto de ela praticamente desaparecer”, reforça.
O livro vai também olhar para a imprensa satírica da atualidade virada para o mundo digital.
Segundo Paulo Jorge Fernandes hoje em dia a imprensa satírica não está tanto presente através da publicação de jornais, ou de revistas, mas sim através do trabalho de cartoonistas que publicam sobretudo nas redes sociais e em grandes plataformas digitais que colocam os seus desenhos de uma forma quase instantânea em qualquer lado do Mundo.
“Hoje estamos também perante uma geração de muito talento, com nomes como João Abel Manta, o Vasco, o António do Expresso envolvido numa polémica com o New York Times, entre muitos outros”, elogia.
Saiba mais sobre o investigador em: NOVA FCSH | IHC
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