Esta investigação está a estudar como aprendemos uma língua. O objetivo é desenvolver métodos capazes de auxiliar na aprendizagem de uma nova língua.
Patrick Rebuschat, professor na Universidade de Lancaster (Reino Unido) e na Universidade de Tübingen (Alemanha), está a usar línguas artificiais para identificar os fatores que melhor otimizam a aprendizagem de uma língua.
“Na nossa investigação estudamos como aprendemos línguas novas, essencialmente utilizamos uma metodologia chamada aprendizagem de línguas artificiais em que construímos uma língua artificial que tem propriedades que nos interessam, quer em termos de sintaxe, como em termos de morfologia”, refere.
No laboratório os participantes são convidados a aprender uma língua artificial com recurso a um programa onde lhe são apresentados dois vídeos diferentes.
“O participante vê dois vídeos, um do lado esquerdo e outro do lado direito, ouve uma frase e tem que decidir o mais rapidamente possível qual é o vídeo associado à frase que ouviu, sem receber feedback”, conta.
Os resultados demonstram que os participantes conseguem rapidamente aprender a sintaxe, os verbos, os nomes, e os adjetivos da língua artificial, contudo, têm alguma dificuldade em compreender a morfologia da língua.
Estes dados indicam que na aprendizagem de uma língua nova é mais importante ensinar a morfologia da língua logo à partida.
“Com esse tipo de informação explícita as pessoas aprendem muito mais depressa e chegam muito mais longe em termos de proficiência”, acrescenta.
Ao identificar estes fatores é possível desenvolver regras que otimizam a aprendizagem de uma língua.
Finalizada a análise em laboratório, a equipa de Patrick Rebuschat está a desenvolver uma aplicação que será testada junto de uma população de 15 a 20 mil alunos.
“Estamos a trabalhar com o grupo de inteligência artificial da Universidade de Tübingen e queremos desenvolver uma app que nos permita investigar a uma escala muito maior a aprendizagem de línguas, para identificar os fatores que nos permitam otimizar o seu ensino”, revela.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | twitter | Lancaster U. | Página Pessoal | Heritage Language
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