Este projeto está a olhar para a linguagem usada nos comentários publicados no YouTube e em jornais online.
Isabel Ermida, presidente da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da Universidade do Minho (UM) e investigadora no Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM), está a desenvolver o projeto NetLang com o objetivo de analisar as formas de preconceito e de discriminação que são expressas nas redes sociais.
“A minha área de especialidade é a língua inglesa, mais concretamente a sociolinguística, a pragmática, e a análise do discurso. No projeto NetLang pretendemos analisar as formas de preconceito e de discriminação que são expressas nas redes sociais mais concretamente nas caixas de comentários de plataformas como o YouTube e jornais online”, conta.
O objetivo deste projeto é encontrar marcas ou vestígios de ódio, de preconceito, e de tentativa de segregação ou de discriminação de determinados grupos sociais.
Nesse sentido, a equipa de Isabel Ermida olhou para variáveis de idade, de género, de etnia, e também para diferentes tipos de identidade como por exemplo, a identidade religiosa, política, e a orientação sexual.
Foi assim construído um corpus bilingue em português e inglês que cobriu a expressão de ódio, de preconceito, e de discriminação contra estes grupos.
Os resultados demonstraram que estas expressões de ódio são muito variadas mas que muitas vezes acabam por se entrecruzar.
“Esta foi uma descoberta interessante ao longo do projeto. Foi ver que muitas vezes quando surge um tipo de preconceito ou de discriminação, ele vinha a par de muitos outros”, revela.
O projeto NetLang é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | CEHUM
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