Este projeto tem como objetivo promover a participação feminina nos órgãos de decisão e de liderança das organizações desportivas. Em Portugal foram analisadas 56 federações desportivas, das quais apenas duas, kickboxing muaythai e tiro com arco, são presididas por mulheres.
Emília Fernandes, docente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (UM) e investigadora do Grupo de Organização e Políticas Empresariais, está a desenvolver o projeto Gesport+, um projeto europeu com estudos a decorrer em Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e Turquia.
O projeto Gesport+ tem como objetivo promover a participação feminina nos órgãos de decisão e de liderança das organizações desportivas. Das 56 federações desportivas analisadas em Portugal, apenas duas são presididas por mulheres. No panorama geral, a representação feminina ao nível das direções é muito reduzida.
Mesmo em federações que têm uma história de participação feminina elevada, como é o caso da ginástica, da equitação, da natação, da patinagem ou do voleibol, a participação feminina é muito escassa ao nível dos órgãos de decisão.
“São atividades das quais as mulheres sempre fizeram parte enquanto atletas federadas, muitas delas são predominantemente feminizadas como é o caso da ginástica, contudo à medida que analisamos outros papéis da vida das federações, nomeadamente papéis que implicam liderança e poder, verificamos que a presença das mulheres nesses papéis é muito escassa”, revela.
Neste projeto vão ser recolhidos testemunhos e experiências das dirigentes destas federações com o objetivo de melhor compreender as estruturas de poder e os processos de governança e decisão.
Para além da Universidade do Minho participam também neste projeto as universidades de Saragoça (Espanha), Teramo (Itália), Leicester (Reino Unido) e Sakarya (Turquia).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate