Esta investigação avaliou a viabilidade económica e técnica da produção de peças para a indústria aeronáutica com recurso a tecnologia de produção aditiva, mais conhecida como impressão 3D.
Joana Mendonça, professora no departamento de Engenharia e Gestão do Instituto Superior Técnico (IST) e investigadora no IN+ – Centro de Estudos de Inovação, Tecnologia e Políticas para o Desenvolvimento, concluiu que o desenvolvimento de peças com recurso a tecnologia de produção aditiva não é estratégica e economicamente viável.
No âmbito do programa CMU Portugal, Joana Mendonça foi convidada para estudar o impacto da entrada da empresa Embraer em Portugal. No âmbito deste estuda um dos aspetos em análise foi a adoção de tecnologias de produção aditiva no metal.
Esta tecnologia de produção aditiva permite imprimir um objeto tridimensional a partir de um desenho ou modelo digital que é criado em computador.
Este estudo deu lugar à publicação de um artigo que se focou no potencial desta tecnologia para alterar a configuração das cadeias de fornecimento das peças para a indústria aeronáutica.
No modelo atual as peças são produzidas em grandes quantidades nos países de origem e armazenadas para envio.
Neste artigo foi avaliada a diferença entre produzir a peça no próprio local com recurso a tecnologia de impressão 3D, e encomendar a mesma peça de outro local, mantendo-a em armazém para quando esta fosse necessária.
Ambas as estratégias implicam custos diferentes de produção, de transporte e de inventário.
“Aquilo que concluímos é que, neste momento, tal como a tecnologia está hoje em dia não permite ainda uma descentralização da produção por forma a eu poder de facto imprimir a peça aqui cada vez que precisa dela”, revela.
Joana Mendonça espera que a tecnologia possa um dia evoluir para um ponto em que a relação custo/benefício de produzir a própria peça no local seja viável, contudo neste momento isso ainda não é possível.
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