Este projeto está a desenvolver sistemas capazes de reduzir os conflitos entre as pescarias costeiras do Algarve e espécies marinhas protegidas, como o roaz corvineiro ou o golfinho comum.
Ana Marçalo, bióloga marinha e investigadora do Grupo de Pescas, Biodiversidade e Conservação no Centro de Ciências do Mar (CCMAR) na Universidade do Algarve (UAlg), está a desenvolver o projeto INOVPESCA com o intuito de criar mecanismos capazes de proteger estas espécies das redes de pesca.
Após uma análise inicial das atividades de pesca no Algarve e do impacto que estas têm nas espécies marinhas protegidas que habitam a região, foi sinalizada a zona do sotavento algarvio entre Quarteira e Vila Real de Santo António como aquela onde ocorrem mais conflitos entre as pescarias e os cetáceos.
Nesta região é praticada a pesca de redes fundeadas com redes de amalhar ou de tresmalho, uma atividade que é afetada pela presença do roaz corvineiro.
Em todo o Algarve existe ainda a pescaria do cerco que tem como alvo pequenos peixes pelágicos como a sardinha, a cavala e o carapau, que por vezes resulta na captura acidental do golfinho comum.
O INOVPESCA está neste momento a desenvolver e a meter em prática medidas de mitigação com o objetivo de procurar soluções para resolver estes conflitos.
Um dos sistemas desenvolvidos por este projeto consiste no uso de dispositivos conhecidos como ‘pingers’ que emitem sons que causam desconforto nos cetáceos. Estes dispositivos são ligados às redes de malhar com o intuito de manter o roaz corvineiro afastado destas redes.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CCMAR
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