Esta investigação está a estudar a diversidade genética da ervilha, da lentilha, e do feijão-frade em vários locais do Mundo, desde a revolução agrícola até à atualidade.
Hugo Rafael Oliveira, investigador no ICArEHB – Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano na Universidade do Algarve (UAlg), está a desenvolver o projeto Old World legumes: domestication, evolution and resilience (OWLDER), com o objetivo de mapear as diferentes variedades genéticas destas três espécies de leguminosas.
“Há cerca de 10/12 mil anos atrás com o fim da última idade do gelo, em diferentes sítios do mundo houve algumas sociedades humanas que se tornaram sedentárias e que começaram a depender exclusivamente de um número muito reduzido de espécies de plantas e de animais para a sua subsistência”, explica.
Este projeto vai pegar em dois destes centros, no Crescente Fértil no Médio-Oriente e na África Ocidental, para estudar como a ervilha, a lentilha e o feijão-frade foram domesticados.
Para tal, Hugo Rafael Oliveira vai usar técnicas de análise genética para determinar o impacto que a domesticação teve na variabilidade destas plantas.
Vão ser analisadas variedades tradicionais de todo o Mundo de forma a desenhar um mapa genético que permita descobrir diferentes variantes ao longo do genoma destas plantas.
A partir deste conhecimento será possível reconstruir a História destas três espécies de leguminosas.
“Como é que estas três espécies foram domesticadas? Como é que elas foram sendo cultivadas ao longo do tempo? Como podemos usar a biodiversidade existente hoje em dia para tornar estas leguminosas sustentáveis e uma fonte de proteínas na agricultura futura?”, são algumas das questões que o investigador espera responder.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | ICArEHB