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Ep. 875 Carolina Gouveia – Radar das emoções permite monitorizar em tempo-real e à distância a emoção de uma pessoa

June 12, 2020

ep875_interiorNeste momento este radar permite distinguir entre três emoções, a felicidade, o medo e o estado neutro.


Carolina Gouveia, investigadora no Instituto de Telecomunicações (IT) e aluna de doutoramento no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver o radar das emoções, um protótipo capaz de monitorizar em tempo-real e à distância os sinais vitais de um sujeito.

Sem o uso de sensores ou qualquer tipo de contacto com a pessoa, este radar consegue identificar três emoções, nomeadamente o medo, o estado neutro, e a felicidade.

Este radar é composto por duas antenas, uma antena transmissora e uma antena recetora. A antena transmissora transmite uma onda contínua em direção ao alvo que neste caso é a caixa torácica da pessoa a ser monitorizada. Ao embater na caixa torácica a onda é refletida e captada pela antena recetora.

“O que nós estamos aqui a medir é a variação da distância percorrida pelas ondas eletromagnéticas. Esta variação ocorre devido ao movimento do peito. Enquanto nós estamos a respirar a caixa torácica tem um movimento quase periódico que vai alterar a distância percorrida pelas ondas e é esse efeito que nós depois extraímos para retirar os sinais vitais”, revela.

Esta tecnologia pode ser também usada para identificar emoções utilizando estes sinais adquiridos por este método não invasivo.

Para avaliar a viabilidade desta aplicação foi realizado um estudo que contou com a participação de nove voluntários.

Estes voluntários foram monitorizados enquanto viam vídeos realizados de forma a despertar emoções como a felicidade, o estado neutro, e o medo.

“Esses sinais depois de adquiridos foram aplicados em classificadores com algoritmos supervisionados para treinar o classificador e depois avaliar se o classificador conseguia identificar com precisão cada uma das emoções que está a ser induzida”, explica.

Através da identificação de padrões similares entre os diferentes voluntários foi possível desenhar um algoritmo que, a partir dos sinais vitais de uma pessoa, consegue à distância e em tempo-real determinar se esta está feliz, com medo, ou em estado neutro.

Saiba mais sobre a investigadora em: UA

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