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Ep. 888 Diana Vieira – Estudo avaliou a qualidade da água na albufeira de Castelo de Bode após os incêndios de 2017

July 01, 2020

ep888_interiorEste estudo usou um modelo hidrológico para determinar o impacto dos incêndios florestais de 2017 na qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Zêzere, mais concretamente da albufeira de Castelo de Bode.


Diana Vieira, investigadora no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e no Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro (UA), dedica o seu trabalho à avaliação de impacto dos incêndios florestais na qualidade da água.

Os principais resultados obtidos neste estudo demonstraram que o aumento do escoamento superficial, os movimentos de terra e de nutrientes que ocorrem após um incêndio, provoca o aumento da erosão do solo nos locais afetados.

Estes modelos demonstraram também que o escoamento de solo pode levar a um aumento do nível de nutrientes, mais concretamente de fosfatos, na água ao longo da bacia hidrográfica, o que contribui para uma redução na qualidade da água à entrada da albufeira.

Segundo Diana Vieira um nível elevado de fosfatos pode ser problemático para a degradação da qualidade da água.

“É importante referir que a albufeira de Castelo de Bode é o local onde se capta a água para mais tarde ser tratada e distribuída por Lisboa. Contudo, apesar destes potenciais impactos não existe qualquer risco para a população que esteja a beber água da torneira uma vez que os principais responsáveis pelo tratamento são obrigados a nunca providenciar a água com baixa qualidade”, assegura.

Este aumento da degradação da qualidade da água após um incêndio pode implicar um aumento de gastos no tratamento desta água ao nível das empresas que a captam e distribuem para o resto da rede.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CESAM

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