Estes resíduos poderão ser usados para a produção de biomateriais com aplicação na indústria têxtil e na indústria do embalamento, como alternativa ao plástico.
Bruno Medronho, investigador no MED – Instituto Mediterrânico para a Agricultura, Ambiente, e Desenvolvimento da Universidade do Algarve (UAlg), coordena o projeto ReFloRest com o objetivo de desenvolver novas metodologias de valorização de resíduos agro-florestais.
Este projeto está dividido em duas áreas principais, a primeira é focada em perceber as interações intermoleculares entre os diferentes compostos dos resíduos agro-florestais, para dessa forma conseguir desenvolver novas metodologias mais amigas do ambiente para a extração de compostos de interesse.
Já a segunda área tem como objetivo desenvolver novos biomateriais com base nos compostos que foram extraídos desses resíduos. A ideia é desenvolver espumas, resinas, e materiais compósitos que se apresentem como alternativas sustentáveis aos materiais presentes no mercado.
No ReFloRest estão a ser desenvolvidos filmes com aplicação na indústria do embalamento, materiais compósitos para substituir plásticos, resinas, e espumas.
Estão também a ser estudas biomoléculas de interesse que podem ser utilizadas em diferentes aplicações como a celulose.
Já foram inclusive desenhadas metodologias capazes de desenvolver filmes e fibras de celulose extraída de resíduos agro-florestais que podem competir com as fibras têxteis sintéticas utilizadas no setor têxtil.
O projeto ReFloRest – Reviving agroflorestal residues: from intermolecular interactions in natural Polyphenols to new biomaterials of added value é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
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