Este projeto quer resolver o problema da falta de habitação acessível na cidade de Lisboa. Para tal estão a ser desenvolvidos modelos sustentáveis para a reabilitação e a recuperação de edifícios, de forma a aumentar a oferta e a diminuir os custos de habitação na capital portuguesa.
Alexandra Paio, docente no ISCTE, investigadora no ISTAR-IUL – Centro de Investigação em Ciências da Informação, Tecnologias e Arquitetura, e responsável pelo laboratório de fabricação digital Vitruvius FabLab, participa no projeto RE-DWELL, um projeto Marie Curie financiado no âmbito do programa Horizonte 2020, com o objetivo de pensar novos modelos de habitação a custos controlados.
“A minha investigação centra-se essencialmente na cidade. O que é a cidade na contemporaneidade, e qual é o papel das transformações digitais e das transformações urbanas que estão a acontecer na cidade. Como é viver no espaço público?”, explica.
Neste âmbito surge o projeto RE-DWELL que, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e com uma empresa de construção civil, a Casais, está encarregue de pensar em soluções para responder à necessidade de habitação a custos controlados.
“Habitação não no sentido apenas do doméstico mas uma habitação que vai para além do edifício. Para o habitat, para o espaço público, e como ela se pode relacionar com esse espaço”, acrescenta.
O projeto RE-DWELL vai desenvolver sistemas construtivos sustentáveis e de baixo custo, envolvendo a fabricação digital, que possam ser possíveis de montar e de desmontar consoante a necessidade das famílias e do edifício em particular.
Esta construção modelar poderá, por exemplo, transformar um apartamento de tipologia T4, em dois T2, mantendo o desenho original do edifício e permitindo que esta nova disposição seja reversível, caso haja vontade dos inquilinos e do senhorio para o fazer.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ISCTE
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