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Ep. 937 Rui Carrilho Gomes – Projeto de ciência cidadã quer identificar zonas em risco de derrocada ou de inundação

October 13, 2020

ep937_interiorNo âmbito deste projeto foi desenvolvida uma aplicação que permite aos utilizadores identificar e alertar as autoridades para áreas em risco de derrocada ou de inundação.


Rui Carrilho Gomes, professor no Instituto Superior Técnico (IST) e investigador no CERIS – Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade, coordena o projeto AGEO – Plataforma Atlântica para a Gestão do Risco Geológico, que tem como objetivo disponibilizar uma plataforma para apoio à gestão de riscos naturais.  

O projeto AGEO assenta em dois eixos fundamentais, um primeiro eixo que consiste na utilização de dados recolhidos pelos satélites Copernicus da Agência Espacial Europeia (ESA), e um segundo eixo que aposta no desenvolvimento de observatórios cidadãos.

Os dados de satélite serão usados para desenvolver mapas de zonas danificadas após sismo ou após uma inundação. Esta informação será usada para desenvolver uma plataforma de gestão de riscos geológicos que será disponibilizada às autoridades competentes.

Através dos observatórios cidadãos está a ser criada uma aplicação cujos utilizadores poderão usar para alertar os cientistas e as autoridades para eventuais situações de risco.

Segundo Rui Carrilho Gomes, com esta combinação de dados será possível criar uma rede de recolha de informação bastante mais extensa e menos dispendiosa que um sistema dependente apenas dos meios convencionais.

“Através de um smartphone os cidadãos motivados como sejam escuteiros, desportistas, amantes da natureza, ou pessoas comuns que estão espalhadas pelo território, podem reportar anomalias que observam nas suas actividades diárias”, reforça.

O projeto AGEO vai testar cinco casos pilotos com o objetivo de perceber qual é a melhor forma de montar estes observatórios para que no futuro próximo esta forma de interagir através de smartphones seja corrente, e capaz de auxiliar as autoridades no processo de gestão e de mitigação do risco.

A plataforma desenvolvida por este projeto pode ser consultada em ageoatlantic.eu.

Este projeto foi financiado no âmbito do programa INTERREG Espaço Atlântico, conta com a participação de 13 parceiros de cinco países europeus, e tem uma duração prevista de três anos.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | IST | CERIS

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