Este trabalho está a estudar a composição química dos compostos aromáticos emanados pela maçã de Alcobaça. A ideia deste projeto é conhecer qual o impacto da degradação destes compostos na qualidade da maçã.
Ana Cristina Figueiredo, docente no Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, dedica a sua investigação ao estudo de compostos aromáticos emanados por plantas, e da sua relação com o crescimento e com a qualidade das mesmas.
Um dos projetos que Ana Cristina Figueiredo está a desenvolver prende-se com o estudo da variedade Royal Gala da maçã de Alcobaça.
Este projeto está a estudar sobretudo técnicas agrícolas de poda e de armazenamento com o intuito de avaliar o efeito de fatores como os componentes químicos dos adubos, a frequência de rega e a quantidade de água, na qualidade das maçãs.
Já a equipa de Ana Cristina Figueiredo está mais focado na avaliação dos compostos aromáticos emanados por esta variedade da maçã de Alcobaça.
“Aquilo que nós temos verificado nas maçãs dos vários lotes anuais que já fomos colhendo é que a composição química dos compostos aromáticos é relativamente semelhante na variedade Royal Gala da maçã de Alcobaça, mas que existe um decréscimo acentuado na capacidade de emanação destes compostos com o tempo”, revela.
Esta observação reforçou a necessidade de estudar qual o impacto da degradação dos compostos aromáticos na qualidade desta maçã.
“Este resultado é visível pelo aroma que nós sentimos. E o equipamento que usamos é capaz de nos traduzir isso, que há uma perda da capacidade de emanação de voláteis com o tempo. No fundo todos nós temos esta perceção, uma coisa é ir apanhar a maçã à árvore, e outra coisa é ir buscá-la no supermercado, o aroma é bastante diferente”, remata.
Saiba mais sobre a investigadora em: FCUL | CESAM
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