Este projeto está a desenvolver uma ferramenta molecular com o objetivo de detetar a presença de espécies não-indígenas nos ecossistemas marinhos da costa Portuguesa.
Sofia Duarte, investigadora no Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Universidade do Minho (UM), está a desenvolver o projeto NIS-DNA com o intuito de detetar de forma precoce a entrada de espécies não-indígenas em Portugal em zonas de tráfego marinho elevado.
“O projeto NIS-DNA tem como objetivo a optimização de ferramentas moleculares para a deteção precoce e para a monitorização de espécies não-indígenas marinhas em ecossistemas costeiros portugueses. Neste caso em particular nós temos estado sobretudo a trabalhar com espécies de invertebrados, nomeadamente caranguejos e amêijoas”, conta.
Atualmente estão a ser desenvolvidas amostragens em marinas no norte de Portugal junto ao porto de Leixões e à marina de Viana do Castelo.
Para além da Universidade do Minho, este projeto conta também com a parceria do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade de Lisboa, que está a realizar amostragens em marinas junto ao Tejo, e do CIBIO-InBIO da Universidade dos Açores que está a realizar amostragens em portos dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
“Nós realizámos amostragens dos organismos encontrados na água, do zooplâncton, e neste momento estamos a extrair DNA dessas amostras para num futuro próximo enviar para sequenciação”, revela.
A ideia passa por otimizar uma metodologia que possa ser implementada na monitorização regular de espécies não-indígenas para ser apresentada às autoridades competentes.
O NIS-DNA – Early detection and monitoring of non-indigenous species (NIS) in coastal ecosystems based on high-throughput sequencing tools é um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate