O objetivo deste projeto é criar mapas tridimensionais que ajudem os utilizadores da sala a otimizar o seu consumo energético.
João Carlos Ferreira, docente no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e investigador no Centro de Investigação em Ciências da Informação, Tecnologias e Arquitetura (ISTAR-IUL), está a desenvolver o projeto Social-IoT, uma iniciativa que pretende usar dados da internet das coisas (internet of things em inglês), como sensores de temperatura e de consumo energético em tempo-real, para influenciar as opções dos utilizadores.
O Social-IoT teve início há cerca de dois anos com a recolha de dados em tempo-real sobre as condições de temperatura, humidade, luminosidade, e de consumos energéticos em salas de aula e gabinetes.
A esta informação foram depois associados dados de percepção de conforto térmico e energético por parte dos utilizadores das salas que foram analisadas.
A conjugação destas vertentes deu origem ao desenvolvimento de modelos tridimensionais destes espaços que apresentam através de cores informação sobre o consumo de energia.
“Verificámos que o utilizador é influenciável por essa informação colorida. Já fizemos alguns testes em que o utilizador tem tendência em dizer se está calor ou se está frio com base nas cores apresentadas pelo modelo”, revela.
Os resultados deste projeto permitiram perceber que dentro de determinados parâmetros é possível influenciar a percepção de frio ou de calor de um utilizador. Com estes modelos será possível otimizar o consumo energético de um edifício de forma a reduzir os gastos provocados pelo uso indevido de sistemas de climatização.
“É claro que não podemos ter um caso em que estão 30 graus na sala e conseguimos convencer o utilizador que está frio. Isso não funciona. Mas dentro de determinados parâmetros, estas cores conseguem influenciar as opções do utilizador”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | ISCTE | ISTAR
Related Episodes
