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Ep. 1091 Hugo Vicente Miranda – Investigação estuda relação entre diabetes e a doença de Parkinson

May 17, 2021

ep1091_interiorEstudos anteriores indicam que pacientes com diabetes apresentam um risco superior para a doença de Parkinson.


Hugo Vicente Miranda, investigador no Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) da Nova Medical School (NMS), está a estudar a relação entre a diabetes e a doença de Parkinson.

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa cuja causa não é inteiramente conhecida. Este grupo de investigação tem explorado uma associação que existe entre a diabetes e a doença Parkinson uma vez que os doentes com diabetes apresentam um risco superior de vir a desenvolver esta doença.

Nesse sentido, Hugo Vincente Miranda quer tentar perceber se algumas das componentes desreguladas na diabetes podem contribuir para o desenvolvimento da doença de Parkinson.

Para responder a esta questão, a sua equipa está a desenvolver um estudo que se foca em uma das consequências da diabetes, a modificação de proteínas pelo excesso de açúcares, um processo que se chama de glicação.

Para compreender os efeitos da glicação no cérebro a equipa de Hugo Vicente Miranda está a usar modelos celulares e de ratinho para realizar um estudo de proteómica que consiste em perceber quais são as proteínas que estão alteradas em diferentes zonas do cérebro.

Em particular, está a ser estudada a zona dos neurónios dopaminérgicos, responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que é importante para regular o funcionamento do nosso cérebro.

“Nós conseguimos perceber que existem padrões de proteínas que estão muito mais afetadas e que elas têm relação com a componente de comunicação sináptica entre os neurónios. Estas alterações podem estar na base da toxicidade aumentada que nós observamos na doença de Parkinson, e na sua consequente neurodegeneração”, revela.

Ao compreender quais são as moléculas que estão alteradas é possível desenvolver novas estratégias de estudo que no futuro permitam identificar potenciais fármacos capazes de impedir que estas alterações aconteçam, protegendo os neurónios dopaminégicos da sua morte e evitando a progressão da doença de Parkinson.

Saiba mais sobre o investigador em: twitter | Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CEDOC

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