A Festa do Pinheiro é uma procissão realizada anualmente na cidade de Guimarães. Esta procissão é acompanhada pelo som de nicolinos, antigos estudantes da cidade, a tocar tambores a um ritmo e a uma cadência precisos.
Carlos Maia, docente na Escola de Arquitetura, Artes e Design da Universidade do Minho (UM) e investigador no Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), participou no projeto FURNISH, uma iniciativa que teve como objetivo desenvolver um produto de mobiliário urbano para reproduzir o som dos nicolinos na Festa do Pinheiro, em Guimarães, durante o confinamento.
Este projeto surgiu a partir de uma iniciativa europeia que teve como desafio intervir no espaço público tendo em conta o distanciamento implícito pela pandemia de COVID-19.
Inspirado pelos tambores, também conhecidos como caixas, tocados pelos nicolinos durante a festa do Pinheiro, a equipa de Carlos Maia desenvolveu um difusor em madeira capaz de propagar o som de uma caixa tocada por um nicolino por toda a cidade.
“Em vez de pensar num objeto físico que voltaria a chamar as pessoas para o espaço físico, decidimos trabalhar com o som e desenhar um objeto, um artefacto que é um difusor capaz de espalhar o som das caixas dos tambores a tocar e fazê-lo chegar às pessoas, mesmo estas estando em casa, de forma a recriar o sentimento de empatia e de comunhão associado à Festa do Pinheiro”, explica.
O design destes difusores permite que estes propaguem o som através de grandes distâncias sem ter qualquer elemento tecnológico a si associado.
Saiba mais sobre o investigador em: Lab2PT