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Ep. 686 Filipe Moura – Projeto IAAPE quer tornar as cidades mais amigas de quem quer e pode andar a pé

September 23, 2019

ep686_interior_v2O quão caminhável é a cidade de Lisboa? Este projeto estudou a caminhabilidade de diversas ruas da capital portuguesa com o objetivo de avaliar os obstáculos, desafios e comportamentos que tornam uma rua mais ou menos prática para quem anda a pé​.


Filipe Moura, professor associado do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georecursos do Instituto Superior Técnico (IST) e investigador do CERIS – Centro de Investigação e Inovação para a Sustentabilidade em Engenharia Civil, está a desenvolver o projeto IAAPE – Indicadores de Acessibilidade e Atratividade Pedonal, com o objetivo de avaliar e mapear a caminhabilidade das ruas para diferentes segmentos da população.

No âmbito deste projeto foi desenvolvido um dispositivo que funciona como um scanner 3D de passeios que é usado para detetar de forma automática irregularidades do passeio como buracos, obstáculos e larguras de passagem.

Este dispositivo permite determinar se uma determinada rua pode ou não ser usada por pessoas com mobilidade reduzida ou com carrinhos de bebés.

Está também a ser criada uma aplicação direcionada para idosos com o objetivo de os ajudar a encontrar o melhor percurso a pé.

“O objetivo final é arranjar maneiras para que as pessoas não deixem de andar a pé, independentemente da sua idade ou da sua condição física, e para que as cidades sejam mais amigas de quem quer e pode andar a pé”, reforça.

Para Filipe Moura o principal resultado do projeto IAAPE é a sua capacidade de fornecer informação sobre o espaço público que pode depois ser usada pelas entidades competentes para identificar e resolver problemas que dificultem a mobilidade das pessoas numa determinada rua.

“Entre os vários resultados do IAAPE destacamos a sua capacidade de avaliar o espaço público em função da sua caminhabilidade local, produzimos índices e mapas que podem ajudar, por exemplo, os gestores do espaço público a detetar as necessidades de melhoria desse espaço”, acrescenta.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedinResearchgate | IST

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