O objetivo deste estudo é conhecer os mecanismos que levam à sobre-expressão desta proteína no cancro da próstata.
Cláudio Maia, docente na Universidade da Beira Interior (UBI) e investigador no Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS), está a estudar a proteína STEAP1, uma proteína associada ao cancro da próstata.
A proteína STEAP1 foi identificada como sendo sobre-expressa no cancro da próstata, isto significa que as células tumorais associadas a este tipo de cancro expressam quantidades muito mais elevadas desta proteína do que as células normais.
A STEAP1 é uma proteína disposta à superfície das células e localizada na membrana celular. Segundo Cláudio Maia, estas proteínas destacam-se pelo seu potencial de utilização como alvos terapêuticos.
O seu grupo de investigação demonstrou que a sobre-expressão desta proteína está associada à agressividade dos tumores, ou seja, quanto mais a STEAP1 é expressada, mais agressivo é o tumor.
“Vimos também o que acontecia às células tumorais quando bloqueávamos esta proteína. E aquilo que observámos foi que essas células tinham uma menor taxa de proliferação, e que, inclusive, o bloqueio da STEAP1 ativava o processo de morte celular dessas células”, conta.
Atualmente, o grupo de Cláudio Maia está a desenvolver um projeto com o objetivo de perceber o que leva as células tumorais a sobre-expressar a proteína STEAP1.
O intuito passa por classificar os mecanismos que são desencadeados a partir desta proteína para ver os efeitos oncogénicos que ela provoca, e identificar as vias de sinalização celular associadas ao papel desta proteína.
Vão também ser realizados estudos estruturais da proteína STEAP1 em interação com outras moléculas. A ideia é que a partir daí possa ser desenvolvido um fármaco capaz de bloquear a atividade desta proteína nas células tumorais.
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