Smart contracts são programas em cadeias de blockchain que apenas são activados quando certas condições pré-determinadas ocorrem.
Simão Melo de Sousa, professor na Universidade da Beira Interior (UBI) e investigador no NOVA Laboratory for Computer Science and Informatics (NOVA LINCS), está a desenvolver uma ferramenta para tornar os smart contracts mais seguros e para reduzir o risco de fraude.
“Tecnicamente um smart contract é um programa, um pedaço de software, ou seja, é um contrato como aquele que nós temos tradicionalmente ente duas pessoas ou duas entidades, mas no mundo das blockchain”, conta.
Blockchain é uma base de dados distribuída e com um nível elevado de encriptação. Uma rede de blockchain tem, por exemplo, a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem num determinado mercado.
Como um smart contract é apenas um programa, este pode ter falhas ou bugs. Para Simão Melo de Sousa um contrato que tem bugs é um contrato mal feito e que pode ser aproveitado por uma entidade maliciosa para seu próprio proveito.
“Há aqui uma necessidade da parte de quem desenha este tipo de redes para garantir que as ferramentas existentes construam smart contracts sem falhas e que cumprem exatamente as suas funções”, revela.
Atualmente, a equipa de Simão Melo de Sousa está a fornecer ferramentas a quem queira usar blockchains, para comprovar a segurança dos smart contracts e garantir que estes fazem apenas aquilo que foram programados para fazer.
“Nós estamos a ajudar a construir exatamente uma ferramenta de engenharia de software para esses contratos, que permite que o contrato faça apenas aquilo para o qual a pessoa o programou”, reforça.
Esta ferramenta já está a funcionar, no entanto Simão Melo de Sousa pretende desenvolvê-la ainda mais para garantir um maior nível de segurança e de fiabilidade desta tecnologia.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UBI
Related Episodes
