Este laboratório vai usar fotografias e outros dados fornecidos por turistas para monitorizar o estado da Ria Formosa.
Cristina Veiga-Pires, professora na Universidade do Algarve (UAlg) e investigadora no CIMA – Centro de Investigação Marinha e Ambiental e no Geotop da Université du Québec a Montreal, no Canadá, está a desenvolver o projeto LOV-Ria, um laboratório de observação virtual da Ria Formosa que pretende criar uma plataforma de ciência participativa para a aquisição de informação utilizando recursos locais.
O projeto LOV-Ria vai usar informação digital fornecida por turistas e por cidadãos locais que, através de fotografias enviadas para a plataforma deste projeto, irão permitir avaliar os vários passos da ria Formosa em diferentes momentos do ano e do dia.
Estas imagens poderão ser usadas para estudar a evolução sedimentar da ria, a cobertura vegetal das dunas, e também a acumulação de lixo nas suas margens.
“O trabalho tem exatamente o objetivo de ser relevante tanto para a investigação como para a população em geral”, reforça.
Para a investigação, este projeto irá permitir observar a variação da ria ao longo tempo, usando estas dados para desenvolver modelos matemáticos comparativos.
Estes modelos irão ajudar os investigadores a perceber melhor as alterações que estão a ocorrer na Ria Formosa, assim como os processos responsáveis por estas alterações, sejam eles meteorológicos, climáticos, ambientais ou antropogénicos.
Em parceria com o Centro Ciência Viva do Algarve será criada uma aplicação para demonstrar aos turistas e às escolas da região do Algarve o resultado deste projeto.
Esta plataforma irá ainda criar um timelapse da evolução da ria ao longo do tempo através das imagens enviadas pela população. Este timelapse terá informação educativa para ajudar as pessoas a reconhecer os diferentes elementos da ria.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CIMA
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