Este estudo está a avaliar as propriedades da amêndoa nacional em comparação com variedades estrangeiras.
Ivo Oliveira, investigador no Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), está a avaliar as variedades nacionais de amêndoa com o objetivo de as valorizar e de promover a sua produção.
No âmbito do seu projeto de pós-doutoramento Ivo Oliveira está a estudar a valorização de cultivares portuguesas de amêndoa. O objetivo é identificar e caracterizar as variedades nacionais de amêndoa de forma a valorizar e a aumentar o seu uso na agricultura portuguesa.
Segundo o investigador, Portugal possui boas condições para a plantação de amendoal, no entanto a maioria das variedades atualmente em produção vêm de Espanha e de França, o que leva a que as variedades nacionais sejam negligenciadas.
Isto acontece por não se conhecerem as características destas variedades quer a nível da árvore, quer a nível dos seus frutos.
As análises desenvolvidas neste projeto já permitiram perceber que a nível da fotossíntese as variedades nacionais estão a par das variedades estrangeiras. Já a nível da composição química dos frutos, algumas variedades portuguesas apresentam compostos com atividade antioxidante e um bom teor de ácidos gordos, características que têm interesse para a saúde humana.
A análise sensorial destes frutos permitiu também perceber que os consumidores gostam das variedades nacionais, achando-as bastante similares às variedades estrangeiras.
“Isto permite-nos também saber que as amêndoas torradas e que as amêndoas branqueadas que são consumidas sem pele apresentam características muito melhores a nível da textura e da sua crocância”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | CITAB
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