Este estudo procurou perceber se estas associações estariam abertas à inclusão de novos critérios para melhorar a representatividade dos trabalhadores nas suas organizações.
Raquel Rego, socióloga e investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), está a desenvolver o projeto REP, uma iniciativa que tem como objetivo avaliar a representatividade dos trabalhadores de empresas portuguesas nos sindicados e associações de empregadores.
O REP foi desenvolvido em colaboração com a Direção-geral do Emprego e Relações de Trabalho (DGERT) do Ministério de Trabalho e teve como objetivo principal repensar o conceito de representatividade dos sindicatos e associações de empregadores.
Um dos primeiros produtos a sair deste projeto foi a criação de uma base de dados das organizações sindicais e organizações de empregadores que se encontra disponível no site do Ministério do Trabalho e que permite pesquisar quantos sindicatos existem hoje em dia, e quantos existiram ao longo do tempo.
Para além da base de dados foram ainda realizados estudos de caso junto destas organizações para avaliar a representatividade dos trabalhadores e alimentar o debate sobre o repensar da representatividade nestas organizações.
Foram feitos estudos sobre os sindicatos da polícia e da concertação social, e um terceiro estudo em colaboração com o Instituto Sindical Europeu sobre a representação dos trabalhadores nas administrações das empresas.
Os resultados principais apontam para a necessidade de serem criados critérios objetivos e previsíveis de representatividade, incluindo novos critérios que vão para além do número de membros, e que tenham em atenção o género, a idade, os cargos e a formação dos diferentes trabalhadores de cada sector.
“Para além disso perguntámos também se estas organizações estariam recetivas a mudar a forma de aferir a representatividade, e uma esmagadora maioria da nossa amostra disse que sim”, reforça.
O projeto REP – Representatividade dos parceiros sociais e impacto da governança económica foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ICS
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