Estas estratégias poderão ser usadas para administrar vacinas contra doenças respiratórias, como a COVID-19, de forma menos intrusiva.
Ana Grenha, investigadora no Centro de Ciências do Mar (CCMAR) e professora na Universidade do Algarve (UAlg), está a desenvolver estratégias farmacológicas para a administração de medicamentos e vacinas por via nasal.
“O meu grupo dedica-se desde a sua génese ao desenvolvimento de sistemas de veiculação para administração de fármacos por via pulmonar. A nossa intenção é conseguir fazer chegar os fármacos ao local primário onde se dá o desenvolvimento das doenças pulmonares”, conta.
A equipa de Ana Grenha trabalha quer no desenvolvimento de novos tratamentos, como na vertente profiláctica, através do desenvolvimento de vacinas e de estratégias de imunização.
“O pulmão é uma região que tem um tecido que nos permite desenvolver uma resposta imunológica, e no caso das doenças respiratórias pode ser uma estratégia interessante administramos uma vacina diretamente no local primário da infeção, como acontece, por exemplo, com a COVID-19”, explica.
Ao administrar a vacina por via pulmonar é possível garantir que o seu antigénio chega diretamente ao tecido dos pulmões, onde poderá desenvolver uma resposta imunitária mais direta que aquela produzida pelas vacinas convencionais.
Assim, se uma bactéria ou um vírus se alojar nesta zona, estes serão diretamente afectados pelo antigénio da vacina impedindo a progressão da doença logo na sua fase inicial, garantindo uma maior proteção do órgão.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UAlg | CCMAR
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