Esta tecnologia não emite radiação ionizante e pode ser usada em intervalos de tempo mais curtos.
Daniela Godinho, professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no IBEB – Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica, está a estudar o uso de imagiologia por microondas no rastreio e no acompanhamento de pacientes com cancro da mama.
O cancro da mama é um dos cancros com maior incidência em todo o Mundo e em casos mais avançados deste tipo de cancro as células tumorais podem metastizar para os gânglios linfáticos da zona da axila.
O número de gânglios linfáticos metastizados pelo cancro da mama é utilizado para determinar o estádio em que o paciente se encontra. Esta informação é importante para que o clínico possa decidir qual a terapia a seguir.
A imagiologia por microondas é uma técnica com um baixo custo energético e que utiliza radiação não-ionizante.
Esta tecnologia baseia-se no contraste dielétrico entre tecidos saudáveis e tecidos não saudáveis. Tecidos não saudáveis como os tumores, apresentam uma maior quantidade de água e podem ser detetados através de uma banda de microondas entre os 2 e os 6 gigahertz (GHz).
Em comparação com uma mamografia por raio-X, esta técnica tem a vantagem de poder ser utilizada para monitorizar o cancro da mama e a sua evolução ao longo do tempo, sem sujeitar a paciente às doses de radiação associadas à mamografia convencional.
Isto permite, por exemplo, reduzir os tempos de rastreio e acompanhar a evolução do tumor ao longo do tratamento.
O objetivo deste trabalho é realizar os primeiros testes desta tecnologia com pacientes com cancro da ama para fazer a imagem da mama e da axila.
Este estudo é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e está a ser desenvolvido em parceria com o Hospital da Luz.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | IBEB