Esta doença é mais prevalente em mulheres após a menopausa.
Rita Ferreira, investigadora na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), está a estudar a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, uma síndrome com uma taxa elevada de mortalidade.
Com o envelhecimento da população, e com o aumento da incidência da obesidade, da diabetes, e da hipertensão, é esperado que a prevalência desta doença venha a aumentar nos próximos anos.
No entanto, ainda pouco é conhecido sobre as causas desta doença. Segundo a literatura, esta síndrome ocorre devido a alterações moleculares e funcionais ao nível das células endoteliais nos vasos sanguíneos de pequeno diâmetro que ramificam as artérias coronários, as artérias que estão mais à superfície do coração e que irrigam o coração.
As alterações moleculares e funcionais nestas células endoteliais vão depois levar também a alterações nas células musculares cardíacas subjacentes.
“Esta síndrome afeta predominantemente mulheres na pós-menopausa e isto motivou-nos então a estudar as diferenças sexuais nas células endoteliais. Por exemplo, queremos conhecer o efeito das hormonas sexuais, estrogénio e testosterona, na função e no perfil molecular das células endoteliais”, conta.
Isto trata-se ainda de um projeto exploratório que pretende identificar alvos moleculares que sejam específicos para cada sexo e que estejam associados com a disfunção endotelial de forma a melhorar o tratamento desta síndrome através de uma abordagem terapêutica personalizada.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | FMUP