Estas nanoesponjas possuem propriedades que lhes permitem interagir com moléculas com diferentes características.
Tânia Firmino, investigadora no Centro de Química (CQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), está a desenvolver nanoesponjas que podem ser usadas para remover pesticidas e metais pesados de águas residuais.
As nanoesponjas são estruturas supramoleculares para aplicações ambientais como a remoção de pesticidas e de metais pesados, mas que também podem ser aplicadas em sensores e usadas em processos de catálise.
As moléculas usadas nestas nanoesponjas são muito versáteis. Elas apresentam uma estrutura muito peculiar caracterizada por uma cavidade hidrofóbica, que repele a água, e por uma superfície externa hidrofílica, que absorve a água.
Isto significa que estas nanoesponjas têm a capacidade de interagir com uma grande variedade de moléculas com características hidrofóbicas ou hidrofílicas.
Uma das grandes aplicações destas nanoesponjas é a solubilização de fármacos, pois grande parte dos novos fármacos insolúveis em água. Estas moléculas podem assim incluir estes fármacos na sua cavidade hidrofóbica e usar a sua superfície hidrofílica para aumentar a solubilidade destes fármacos, tornando-os mais biodisponíveis, ou seja, mais capazes de serem absorvidos pelo organismo.
Por outro lado, as nanoesponjas podem ser modificadas para atuar junto de outro tipo de moléculas, como os pesticidas que também são pouco solúveis em água.
Estas modificações permitem maximizar a interação das nanoesponjas com estas moléculas e usá-las para diferentes aplicações.
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