O projeto DYNAPOR recorre a modelos de microsimulação para prever a procura de pensões ao longo das próximas décadas até 2060, o valor das mesmas, e o financiamento necessário para manter o sistema de segurança social.
Amílcar Moreira, investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, está a trabalhar neste projeto com o objetivo de encontrar respostas para os desafios que o envelhecimento da população portuguesa vai colocar sobre o financiamento do sistema de segurança social.
“O envelhecimento acelerado da sociedade portuguesa tem gerado nos últimos anos um debate profícuo sobre a forma como podemos garantir a sustentabilidade financeira do sistema de segurança social e a relação entre as receitas dos sistema e a despesa que vamos ter que pagar nas próximas décadas. Para responder a estas questões estou neste momento a liderar um projeto titulado de DYNAPOR que visa desenvolver um modelo de microsimulação dinâmica que permite projectar as carreiras contributivas de uma amostra representativa da sociedade portuguesa e em função disso, projectar a procura de pensões ao longo das próximas décadas até 2060, o valor das pensões que vão ser necessárias e também o financiamento do sistema de pensões”, explica.
Os resultados do DYNAPOR vão permitir ter uma ideia sobre a sustentabilidade financeira do sistema, dando também a possibilidade de projetar o valor das pensões que vão ser geradas: “Até que ponto elas podem garantir que as pessoas não têm uma queda abrupta de rendimentos na passagem à reforma e como podemos evitar que a passagem à reforma possa expor as pessoas ao risco e pobreza ou de insuficiência de recursos”, acrescenta.
Este modelo vai ser capaz de projetar a carreira contributiva de uma amostra significativa da população portuguesa, podendo inclusive apresentar cenários que acolham elementos imprevistos como doenças, nascimento de crianças, promoções, desemprego, formação e morte de familiares.
“A ideia é que este estudo possa identificar um conjunto de reformas que garantam um maior balanço entre a sustentabilidade financeira e social do sistema de pensões”, conclui.
Saiba mais sobre o investigador em: LinkedIn | ResearchGate | ICS
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